O Primo Basílio

Em Primo Basílio, Eça de Queiroz (1845-1900) conta a história de Luísa, jovem sonhadora e ociosa da sociedade de Lisboa, que acaba de ser cercada por Basílio, seu primo, com quem se reencontra, após anos de distância. O conselheiro Acácio, amigo do casal, é uma caricatura cheia de hipocrisia e formalismo. O jovem Luísa casa-se com o engenheiro Jorge, apesar de não amá-lo. Tendo que viajar a negócios, Jorge deixa a esposa sozinha em Lisboa, entregue a uma vida de tédio. Basílio serve-se de sedução e galanteria, para levá-la a se envolver profundamente com ele, tornando-se sua amante. Juliana, a empregada descobre que as correspondências de ambos e chantageia a patroa. Luísa procura desesperadamente seu amigo Sebastião e pede-lhe ajuda. Sebastião pressiona Juliana e recupera as cartas comprometedoras. Juliana, pressionada para desistir delas, antes das ameaças, morre. Depois de muito sofrimento, Luísa fica doente. Basílio está longe de Lisboa. Jorge volta para casa. Um dia, chega uma carta do primo para a esposa e o marido intercepta a correspondência e compreende todo o drama entre eles. Desesperado e sofrendo muito, Jorge resolve perdoar Luísa. Ela, no entanto, fica muito pior ao saber que seu marido descobriu que ela tinha feito de errado, e morre. A reação de Basílio, ao saber de sua morte é de arrependimento por ter perdido sua diversão em Lisboa.