1968: O ano que não terminou
Edição especial
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- R$ 29,90
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Publisher Description
50 anos de rebeldia, 30 anos de um livro clássico.
Edição especial com prefácio inédito do autor e caderno de fotos.
Neste clássico da não ficção nacional que já vendeu mais de 300 mil exemplares, o jornalista e romancista Zuenir Ventura conta, com a urgência das grandes reportagens e com a sofisticação da alta literatura, como transcorreu no Brasil o ano que, através do mundo, iria se tornar lendário por conta de manifestações estudantis contra o sistema.
O famoso Maio de 1968 começou com dois meses de antecedência no Brasil. Mais precisamente em 28 de março, quando a PM invadiu o restaurante estudantil Calabouço, no centro do Rio de Janeiro, e matou Edson Luis Lima Souto, de 18 anos, com um tiro à queima-roupa no peito. A reação da sociedade civil à truculência da ditadura militar, no enterro acompanhado por 50 mil pessoas e na famosa Passeata dos Cem Mil, realizada em junho, estabeleceu a rota de colisão que culminaria com a decretação do nefando Ato Institucional nº 5 no dia 13 de dezembro daquele ano tornado mitológico.
A partir dali, não haveria mais a encenação de democracia que vigorara desde o golpe de 1964: o governo do general Arthur da Costa e Silva deteria nas mãos todos os poderes e não se furtaria a usá-los, fosse cassando, exilando, prendendo ou até matando de forma clandestina. Vinte e um anos se passariam até que um presidente civil eleito democraticamente chegasse ao Palácio do Planalto – Fernando Collor de Mello, que também democraticamente, em 1992, seria impedido de governar pelo Congresso, acusado de corrupção – e a normalidade fosse restaurada na vida nacional.
Customer Reviews
Gostei do livro, mas com ressalvas
O livro relata, com bastante embasamento, os acontecimentos ao longo de 1968 que terminou com a edição do AI-5. Por muitas vezes, achei a narração dos fatos confusa em relação à cronologia. Enquanto o autor descrevia um acontecimento de um determinado mês, inesperadamente me deparava com a descrição de um fato anterior ou posterior. Também não me ficou claro o objetivo de organizar o livro em três partes. Acho que cada parte poderia ter recebido um título para esclarecer o agrupamento de seus respectivos capítulos. Também me incomodou o Prefácio à nova edição com um discurso lavajatista que atualmente não cabe mais depois da Vaza Jato. Contudo, no geral, é uma leitura que agrega, um vez que expõe também os bastidores de um governo que ascendeu ao poder depois do golpe de 64. Aos que pedem intervenção militar e um “novo” AI-5 por ignorância da história real e incitados pelo atual governo, recomendo a leitura.
Zuenir, um mago.
Conheci a obra do Zuenir através de Cidade Partida, um clássico. Depois busquei as outras obras e me deparei com 1968, um redemoinho de acontecimentos importantíssimos pra sociedade brasileira, narrado com maestria pelo mago. Recomendo também Chico Mendes, biografia do maior líder ambientalista brasileiro.