Melhores poemas Henriqueta Lisboa
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Descrição da editora
Tímida e esquiva, avessa à publicidade, Henriqueta Lisboa fez uma poesia de alta qualidade literária, equilibrada, diáfana, tentando dizer o indizível, seguindo por um caminho pessoal, dos mais fascinantes da literatura brasileira, mas com a inconfundível marca das Minas Gerais. A biografia é singela, sem grandes acontecimentos. Nascida em Lambari, em 1901, formou-se professora no Colégio Sion, de Campanha, MG, onde a diretora lhe deu o apelido de "la petite orgueilleuse", por ser tímida e solitária. Foi professora de literatura hispano-americana na Universidade Católica de Minas Gerais. Manteve correspondência com Mário de Andrade, sendo a personalidade feminina a quem o escritor paulista "endereçou o seu mais delicado diálogo", como observa Fábio Lucas no prefácio Melhores Poemas Henriqueta Lisboa. Faleceu em 1985.
As suas primeiras obras, publicadas na década de 1920, ainda trazem as marcas do simbolismo que, de certa forma, persistem até os seus últimos livros. A adesão ao modernismo lhe aguçou a sensibilidade e espantou alguns preconceitos pessoais, permitindo-lhe incorporar sugestões literárias enriquecedoras de sua visão muito pessoal da vida. A sua poesia alcança então uma inconfundível feição pessoal, caracterizada pelo pudor, a discrição, a suavidade, a expressão simples, às vezes um certo preciosismo. Muito prolífica, publicou mais de vinte volumes de poesia. Na década de 1950, Henriqueta já estava consagrada como uma das mais altas vozes da literatura brasileira, por nomes como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, que a comparam a Cecília Meireles. Mas, quem melhor definiu a sua personalidade talvez tenha sido Mário de Andrade, ao observar em seus versos "a graça inquieta, simples e um pouco agreste, um pouco ácida, dos passarinhos". O canto desse passarinho continua muito agradável aos amigos da poesia.