O ruído do tempo O ruído do tempo

O ruído do tempo

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    • R$ 27,90
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Descrição da editora

O compositor russo Dmitri Shostakovich levou uma vida de ficção. Foi menino prodígio, queridinho do regime comunista, autor de "caos em vez de música", desafeto de Stalin, grande herói da União Soviética, formalista burguês, vítima da burocracia, marionete de Stalin, porta-estandarte da sociedade socialista, camarada de Khrushchov, membro relutante do PCUS e, por fim, em suas polêmicas memórias, dissidente sutil.



O romancista inglês Julian Barnes seria massacrado se simplesmente tivesse inventado um personagem de baixos tão baixos e altos tão altos, capaz de criar algumas das obras-primas do século XX, como a sinfonia dedicada à sua Leningrado natal, sitiada pelo agressor nazifascista e faminta de morte. Porém, Shostakovich de fato viveu tanto o papel de cético quanto o de pau-mandado. Às vezes, num mesmo episódio.



Em livros anteriores, como o clássico "O papagaio de Flaubert" ou o recente "Altos voos e quedas livres", Barnes já havia demonstrado interesse pelos terrenos que nunca foram ocupados pelos historiadores, mas que se oferecem à exploração dos ficcionistas. A discrepância entre algumas passagens da vida de Shostakovich e o modo como foram reinterpretadas nas memórias ditadas a Solomon Volkov haveria de lhe ser irresistível. Portanto, parece até natural que Barnes tenha escrito este angustiante O ruído do tempo.



Barnes parte da autobiografia terceirizada e de histórias bem documentadas sobre Shostakovich para especular sobre o que se passava na cabeça do compositor. O que o romancista encontra no que chama de "três conversas com o poder" – três solilóquios, em 1936, 1949 e 1960 – é um "coelho aterrorizado". Shostakovich tem medo dos expurgos de Stalin, medo do ridículo internacional, medo de dizer não a Khrushchov. Tem medo, sobretudo, porque o pessimismo é visto como uma tendência contrarrevolucionária. A imagem do homem insone, de pé, maleta pronta diante do elevador, à espera da chegada da polícia, funciona como símbolo do século XX.

GÊNERO
Ficção e literatura
LANÇADO
2017
6 de fevereiro
IDIOMA
PT
Português
PÁGINAS
176
EDITORA
Rocco Digital
VENDEDOR
DLD Distribuidora de Livros Digitais
TAMANHO
1,2
MB
Retrospectiva Rocco na Flip Retrospectiva Rocco na Flip
2014
O sentido de um fim O sentido de um fim
2012
O homem do casaco vermelho O homem do casaco vermelho
2021
Altos voos e quedas livres Altos voos e quedas livres
2014
A única história A única história
2018
De frente para o sol De frente para o sol
2012