Juiz de paz da roça
-
- $1.99
-
- $1.99
Publisher Description
Martins Pena nasceu no Rio de Janeiro em 5 de novembro de 1815 e morreu em Lisboa, a caminho do Brasil, em 7 de dezembro de 1848.
Ao longo de seus 33 anos de idade produziu cerca de 30 peças teatrais, das quais aproximadamente 20 são comédias. Isso contribuiu para que recebesse o título de criador da comédia de costumes no Brasil.
Em sua obra ele debruçou-se sobre a vida do Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX e explorou, sobretudo, o povo comum da roça e das cidades. Com a ajuda de sua singular veia cômica, encontrou um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Construiu uma galeria de tipos que constitui um retrato realista do Brasil da época e compreende funcionários públicos, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos e profissionais da intriga social. Suas histórias giram em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas e festas da roça e das cidades.
Em 4 de outubro de 1838, foi representada, pela primeira vez, uma peça sua, "O juiz de paz na roça", no Teatro São Pedro, pela célebre companhia teatral de João Caetano (1808-1863), o mais famoso ator e encenador da época.
Após sua morte, ainda vieram a público algumas de suas peças, como "O noviço" (1853) e "Os dois ou O inglês maquinista" (1871).
Martins Pena deu ao teatro brasileiro cunho nacional, influenciando, em especial, Artur Azevedo. Sobre sua obra, escreveu o crítico e ensaísta Sílvio Romero (1851-1914): "...se se perdessem todas as leis, escritos, memórias da história brasileira dos primeiros 50 anos desse século XIX, que está a findar, e nos ficassem somente as comédias de Martins Pena, era possível reconstruir por elas a fisionomia moral de toda esta época”.
Ilustração da capa: Guardando o Rebanho, António Carvalho da Silva Porto, 1893.