Phillape

Phillape mora no seio da floresta amazônica, um lugar aprazível, um paraíso. Certo dia aparece um alienígena no seu habitat. Ele era um animal bípede; uma aberração. 

Os colegas, apavorados, valendo-se das prerrogativas de sobrevivência, fogem sem ao menos ver a pele do estranho. 

A partir daquele momento, num misto de coragem e curiosidade, eclode na cabeça do Phillape o fator responsável por uma alteração na vida dele: isola-se da "alma grupal" para se tornar um "alma individual". 

De cima de uma seringueira, tal qual um cientista etológico, estonteado, observa todos os movimentos e atitudes absurdos de um garimpeiro...

Phillape conclui que precisa evoluir-se ao nível daquele bicho - modelo e protótipo a seguido.


Algum dos leitores poderão descobrir, nas entrelinhas, outras histórias. Tais como, numa noite escura de tempestade, pode-se ver, num lapso de segundos, um mundo de coisas, no exato momento em que o clarão antecede o trovoar. 

Uma destas histórias achadas poderá ser análoga a sua: Alguém que veio ao mundo, por curiosidade, e está segurando uma brasa viva com o intuito de reconhecer o significado do queimor...