Três homens chamados João

Noventa anos depois da Revolução de 1930, a pesquisadora Ana Maria César reproduz em cores vivas o cenário da tragédia que se abateu sobre João Pessoa, João Dantas e João Suassuna, manchando de sangue os ideais republicanos, que foi o estopim daquele evento histórico. Em meio a um cenário traçado pela política oligárquica praticada na Primeira República, pelo entusiasmo e desvario de uma população em busca de esperança, pelas vozes dos tribunos da Aliança Liberal, e pela guerra voraz e descabida alimentada pela imprensa, o predomínio da intolerância precipitou os acontecimentos,, que repercutiram em todo o país. Em linguagem diferenciada, a autora analisa os antecedentes da tragédia, a partir dos fatos, e mostra a ação do tempo no apaziguamento das paixões desenfreadas que os moveram. O livro pode ser entendido como homenagem aos joões, vértices de três triângulos, unidos e indissociáveis, e às vítimas inocentes que foram alcançadas pela voracidade dos acontecimentos, Augusto Moreira Caldas e Anayde Beiriz.