Canaã
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Publisher Description
Foi no ano de 1902 que Graça Aranha publicou o romance Canaã, uma pérola quase esquecida do pré-modernismo brasileiro.
Apesar de não ter se tornado uma obra popular, a importância de Graça Aranha para o movimento modernista que viria é inegável. Tanto que ele foi escolhido como patrono da Semana de Arte Moderna de 1922, proferindo o seu discurso de abertura.
Canaã fala de um Brasil original, que deve abandonar suas vãs heranças européias, inúteis à realidade tropical. País aonde uma nova raça deveria nascer, mistura de todas as outras, da onde floresceria uma nova sociedade tropical, aberta e Universal.
Pouco mais de vinte anos depois, este pensar se consolida com o Manifesto Pau-Brasil e o Modernismo, e mais adiante, com a Antropofagia e com a república nova de Getúlio Vargas.
Era o início da caminhada brasileira na busca de sua própria identidade. Do Brasil da democracia racial, da igualdade de oportunidades, do respeito as etnias. Do Brasil mestiço; branco, índio, oriental, negro. Do Brasil que buscava uma genuína cultura tropical da floresta, sem perder de vista as escolas de pensamento européias.
Misturando elementos melancólicos e soturnos em uma cadência típica do romantismo do século XIX, Canaã descortina um Brasil rural em sua plena ascensão republicana. Apesar da sua ânsia pelos ideais modernos, deixa transparecer as heranças coloniais, que estão mais arraigadas em nossos costumes do que conseguimos antever.
Um clássico da literatura nacional que segue inspirando as novas gerações.
Imagem da capa: Parahyba do Sul, 1883. Georg Grimm.