Vida Rústica
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Descripción editorial
Nesta obra cinco atores se revezam em dez personagens, através de corriqueiros flagrantes do cotidiano, durante dezoito cenas distribuídas em dois atos. Dotada de uma comicidade um tanto quanto grotesca, escrita em linguagem falada e acentuada com um certo humor negro, esta obra se caracteriza pela ingenuidade cômica e espontânea que brota do modus vivendi de uma família tipicamente mineira. Cresneida, a filha adotiva do casal e filha legítima de uma prostituta, assume o sustento do lar após arranjar emprego numa fábrica de laticínios, já que o pai, Seu Tonho, e Valtinho, seu irmão, encontram-se desempregados. Dona Clotilde, a mãe, é eterna conciliadora entre as brigas do marido com seu filho Valtinho, um ladrão de galinhas que vive a arranjar pretextos para sua vadiagem. Nono, pai de D. Clotilde, após um derrame cerebral, leva uma vida semi-vegetativa; tendo bem de vida e perverso na mocidade, agora é hostilizado por todos, ou por vingança do genro, ou por maldade do neto, ou até mesmo por negligência da filha. Tais maus-tratos o levarão à morte, o que fará D. Clotilde roer um remorso incontido. Seu Tonho, após surpreender a filha em trajes menores com um mascate que acabara de conhecer na fábrica onde trabalha, obriga-os a se casarem às pressas. Este, aproveitador de situações, casa-se, goza das benesses de uma suntuosa lua-de-mel num luxuoso hotel de Belo Horizonte e abandona a noiva em seguida, deixando por conta do sogro inclusive as despesas do hotel. Para fugir do escárnio dos vizinhos e iludida com as supostas facilidades da cidade grande que acabara de conhecer, Cresneida convence sua família a se mudar para a capital, fazendo a família abandonar assim a vidinha mansa de outrora.