



Manifesto Antropófago e outros Textos
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“Manifesto Antropófago” é um texto seminal escrito pelo poeta, ensaísta e crítico brasileiro Oswald de Andrade, publicado em 1928 na Revista de Antropofagia. Este manifesto é uma das peças fundamentais do Movimento Modernista no Brasil, mais especificamente associado à segunda fase do Modernismo, conhecida como “Antropofagia” ou “Movimento Antropofágico”.
Oswald de Andrade, junto com outros artistas e intelectuais como Tarsila do Amaral e Mário de Andrade, buscava uma identidade cultural brasileira que fosse distintamente nacional, mas também moderna e cosmopolita. O Modernismo brasileiro, iniciado com a Semana de Arte Moderna de 1922, procurava romper com as tradições europeias e valorizar a cultura brasileira, seus mitos, sua diversidade étnica e sua originalidade. Antropofagia Cultural: O termo “antropofagia” é usado metaforicamente para descrever a “devoração” e a “digestão” das influências culturais externas (principalmente europeias), transformando-as em algo novo, genuinamente brasileiro. A ideia é que, assim como os índios Tupi-Guarani praticavam o canibalismo ritual como forma de incorporar as virtudes do inimigo, a cultura brasileira deveria “devorar” culturas externas, mas de maneira crítica e criativa, para criar algo novo.
O “Manifesto Antropófago” teve um impacto duradouro na literatura, nas artes visuais, na música e na cultura brasileira em geral. Ele influenciou gerações de artistas e intelectuais na busca por uma identidade cultural autônoma e híbrida. A ideia de antropofagia cultural se tornou um conceito chave para entender e discutir a cultura brasileira, promovendo a ideia de que a cultura nacional é uma síntese de múltiplas influências, adaptadas e transformadas em algo único.
Esta coletânea reúne outros textos lapidares de Oswald de Andrade: “Manifesto da Poesia Pau Brasil”, “Manifesto Antropófago”, “falação” e “Antologia”. Nessa seleta, é possível ter acesso ao projeto estético cultural e à crítica contundente sobre a ideia de nação, com a marca da inteligência, do humor e do poder de síntese do mais transgressor dos modernistas.


