Pavilhão 9 Paixão e morte no Carandiru Pavilhão 9 Paixão e morte no Carandiru

Pavilhão 9 Paixão e morte no Carandiru

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Descrição da editora

Crimes, suspense, ação, sexo. Meus heróis perdem as dimensões da legenda para descer às murchas proporções de seus pesadelos anônimos, suas misérias e atribulações. A vida na prisão me deu a oportunidade de conhecer de perto o sofrimento e o conflito entre os homens - pessoas que vivenciam a cada instante os limites da violência, da vida e da morte.
Vi meus personagens de carne e osso. Convivi com condenados, assassinos e marginais; escutei suas histórias e observei o ponto de vista deles. Sentei no banco dos réus, pilotei uma cela e senti o cheiro insuportável da prisão, imaginando o quanto é fácil dei ser racional para ser simplesmente um animal. A aventura dia quem estava no inferno.
O crime me fascina no sentido em que reflete a obsessão dos miseráveis, dos caídos e dos delinquentes. Escrever para mim é sangrar.
Consigo emitir um suspiro gutural e sou salvo. Quando me põem sobre a maca, sinto que o massacre do Pavilhão Nove. Para mim havia chegado ao fim. Como num milagre, estava esfolado, ferido, massacrado, mas não estava morto. Eu era uma testemunha ocular do mais dantesco episódio da história prisional do mundo (por intermédio de Hosmany) uma maneira de contar ao mundo o que verdadeiramente aconteceu no Pavilhão Nove, sem retoques.
Ao relatar, pela primeira vez em sua obra, o terrível cotidiano em um presídio brasileiro, e ao incluir no livro o desconcertante depoimento de uma testemunha ocular do pavoroso massacre de 111 presos na Casa de Detenção do Carandiru, São Paulo, em 1992, o médico e presidiário Hosmany Ramos escreveu um documento para a História.
Assim como Louis-Ferdinand Celine, que também era médico e esteve preso, Hosmany Ramos é um autor maldito. Mas o escritor Hosmany Ramos precisou ser descoberto pela França para ser reconhecido no Brasil - onde se notabilizou como cirurgião plástico de renome, assistente de Ivo Pitangui, em meados dos anos 70, e como um dos mais conhecidos presidiários do país, condenado a 56 anos de prisão, desde 1981, por homicídio, roubo, contrabando e sequestro.
O primeiro livro dele, Marginália, com 17 contos, foi escrito na prisão e publicado em 1988, sem maiores repercussões. Até que, no ano passado, passou a integrar o catálogo da prestigiada editora Gallimard, de Paris, na coleção Negra, de histórias policiais, com prefácio do escritor Maurice Dantec. Hosmany agora faz companhia a Sartre, Gide, Raymond Chandler e Dashiell Hammet, entre outros.
Seu descobridor, o editor Patrick Raynal, publicou o livro sem conhecer a história de Hosmany, mais interessado na "secura” do texto. Como escreveu Maurice Dantec, “Hosmany propõe uma viagem ao fundo do niilismo contemporâneo. Não sei por que milagre uma tal obra possa surgir, sobreviver e sair dessa cloaca, nos mostrando o verdadeiro dia, tão tragicamente humano”.

GÉNERO
Policiais e thrillers
LANÇADO
2016
30 de novembro
IDIOMA
PT
Português
PÁGINAS
305
EDITORA
Hosmany Ramos
TAMANHO
294,6
KB

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