O fim do cisma

É como ser a melhor versão de si mesmo, porém sem revelar a verdadeira identidade, entre quadros de figuras aleatórias, como se a existência fosse uma tela em branco e a vida uma obra prima da realidade, em que as personalidades variáveis embrulhadas em papéis de presentes e, aos poucos, vão sendo desembrulhadas, a depender das circunstâncias, mesmo que o passado seja marcante e o futuro promissor, é no presente que vem à tona as verdadeiras faces de tudo que pode ser, entre o reflexo do espelho e gota d'água através do brilho do sol, desencadeando rumores de sentimentos, ainda que os sonhos escritos no papel, formando metas que os planos realizam, independente do tempo.

A vida é um sopro, e os sonhos pluma ao vento, carregando sementes de sentimentos de amor, germinando no solo do coração, atrelando a fé e a esperança, sem perder a paciência, nem querer vestir casaco de pele, sabendo que uma vida se perdeu na escuridão da dor. Envolver-se em questionamentos desnecessários, é se tornar escravo da opinião dos outros, enquanto tudo vai passando e sem forças para seguir sangrando os pés.

Não é uma questão de jeito ou forma, capacete protege a cabeça, e as fantasias das personalidades, escondidas no fundo do baú do receio, do medo e até na vergonha de si mesmo, até parece tirar proveito. Mas, na verdade, só está encobrindo o belo e o bonito que merece ser visto, a olho nu. E ainda que a realidade seja dramática ou causa suspensa, deixando o corpo tenso, quando as fantasias são despidas, o sorriso desabrocha, os olhos brilham, o coração dispara em contos de sentimentos na voz dos sonhos que, um dia, era só uma história de amor.